«Casa Pia chama Paulo Pedroso»
«Casa Pia arrolou ontem Paulo Pedroso como testemunha no processo de pedofilia, confirmou ao CM o advogado José António Barreiros, que se escusou a prestar mais declarações.
O CM sabe, no entanto, que as razões que levaram a Casa Pia a chamar Pedroso têm a ver com o facto de o político ter tido a tutela da instituição quando foi ministro do Trabalho, durante o segundo governo liderado por António Guterres. O CM apurou, ainda, que quando for ouvido no julgamento de pedofilia, a defesa das vítimas irá perguntar a Pedroso – que, como testemunha prestará juramento e estará obrigado a dizer a verdade – se alguma vez foi informado de que havia abusos sexuais na instituição. Além disso, o ex-deputado socialista deverá ser confrontado com algumas escutas telefónicas que constam nos autos do processo de pedofilia. O CM contactou João Pedroso, mas o advogado e irmão do ex-arguido não quis prestar qualquer declaração. Paulo Pedroso foi acusado de 23 crimes de abuso sexual de crianças, mas não está a ser julgado por determinação da juíza de instrução Criminal Ana Teixeira e Silva, decisão confirmada em Novembro pelo Tribunal da Relação de Lisboa. No entanto, os desembargadores Rodrigues Simão (relator), Carlos Sousa e Mário Morgado escreveram no acórdão que ficaram com dúvidas sobre a “pretendida inocência” de Pedroso, bem como quanto à veracidade das imputações que lhe foram feitas. Segundo um fonte da Relação, esta “dupla e insanável dúvida” não consta habitualmente dos acórdãos e quer dizer que os juízes não ficaram convencidos nem da inocência nem da culpabilidade de Pedroso. E que em caso de dúvida o réu é sempre beneficiado, pelo que decidiram não o levar a julgamento. Entretanto, o procurador-geral da República, decidiu não reagir ao facto de Pedroso ter dito na SIC que Souto Moura “não foi imparcial”, nas queixas que apresentou».
In Correio da Manhã, 17/12/2005.
O CM sabe, no entanto, que as razões que levaram a Casa Pia a chamar Pedroso têm a ver com o facto de o político ter tido a tutela da instituição quando foi ministro do Trabalho, durante o segundo governo liderado por António Guterres. O CM apurou, ainda, que quando for ouvido no julgamento de pedofilia, a defesa das vítimas irá perguntar a Pedroso – que, como testemunha prestará juramento e estará obrigado a dizer a verdade – se alguma vez foi informado de que havia abusos sexuais na instituição. Além disso, o ex-deputado socialista deverá ser confrontado com algumas escutas telefónicas que constam nos autos do processo de pedofilia. O CM contactou João Pedroso, mas o advogado e irmão do ex-arguido não quis prestar qualquer declaração. Paulo Pedroso foi acusado de 23 crimes de abuso sexual de crianças, mas não está a ser julgado por determinação da juíza de instrução Criminal Ana Teixeira e Silva, decisão confirmada em Novembro pelo Tribunal da Relação de Lisboa. No entanto, os desembargadores Rodrigues Simão (relator), Carlos Sousa e Mário Morgado escreveram no acórdão que ficaram com dúvidas sobre a “pretendida inocência” de Pedroso, bem como quanto à veracidade das imputações que lhe foram feitas. Segundo um fonte da Relação, esta “dupla e insanável dúvida” não consta habitualmente dos acórdãos e quer dizer que os juízes não ficaram convencidos nem da inocência nem da culpabilidade de Pedroso. E que em caso de dúvida o réu é sempre beneficiado, pelo que decidiram não o levar a julgamento. Entretanto, o procurador-geral da República, decidiu não reagir ao facto de Pedroso ter dito na SIC que Souto Moura “não foi imparcial”, nas queixas que apresentou».
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