«Trabalhadores do sexo querem criar sindicato»
O Jornal de Notícias dá-nos conta do emergir de um fenómeno, no mínimo singular, em Portugal: o associativismo da "classe dos trabalhadores da indústria do sexo". A tradição já não é mesmo o que era!!!!!
Segue-se a notícia:
«Mais de 20 trabalhadores do sexo decidiram ontem no Porto lançar um movimento com o objectivo de criar um sindicato ou associação profissional, como melhor forma de defesa. "Este encontro foi o primeiro passo para a criação de um movimento associativo", afirmou a investigadora e ex-trabalhadora do sexo Ana Lopes, salientando que a organização em sindicato "é apenas uma das formas possíveis de associação". Ana Lopes destacou a "experiência de sucesso da Inglaterra", onde foi criado um sindicato de trabalhadores do sexo, mas realçou que é necessário analisar melhor qual será o enquadramento legal mais indicado para os profissionais do sector que trabalham em Portugal. A investigadora em Antropologia e Sociologia, que trabalhou quatro anos em linhas telefónicas eróticas e outras actividades da indústria do sexo, referiu que o encontro visou debater, fundamentalmente, a violência na prostituição, a discriminação social e o associativismo. "Este encontro não teve como objectivo discutir a legalização do trabalho sexual", afirmou, defendendo, contudo, um modelo legislativo idêntico ao que a Nova Zelândia adoptou "há dois ou três anos", e que consiste na "descriminalização completa" de todas as actividades desta indústria».
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