Embuste monumental
«O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público classificou hoje como "um embuste monumental" a notícia do jornal 24 Horas sobre a existência de registos de chamadas telefónicas de titulares de órgãos de soberania.
"Estamos perante um embuste monumental e é preciso saber com que objectivos esta notícia foi divulgada", disse à agência Lusa António Cluny, adiantando que "ela poderia ter facilitado a demissão do Procurador-Geral da República".
Escusando-se a afirmar explicitamente que a notícia foi divulgada com esse intuito (o de provocar a demissão de Souto Moura), o responsável do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) disse, no entanto, que "objectivamente ela poderia contribuir para uma situação dessas, caso os responsáveis políticos do país tivessem embarcado na história".
"Felizmente temos à frente da Presidência da República uma pessoa muito ponderada e com muita experiência, que teve um papel muito importante de contenção e rigor", disse Cluny, elogiando a actuação de Jorge Sampaio, que hoje de manhã recebeu o Procurador-Geral da República, Souto Moura, a propósito do caso».
"Estamos perante um embuste monumental e é preciso saber com que objectivos esta notícia foi divulgada", disse à agência Lusa António Cluny, adiantando que "ela poderia ter facilitado a demissão do Procurador-Geral da República".
Escusando-se a afirmar explicitamente que a notícia foi divulgada com esse intuito (o de provocar a demissão de Souto Moura), o responsável do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) disse, no entanto, que "objectivamente ela poderia contribuir para uma situação dessas, caso os responsáveis políticos do país tivessem embarcado na história".
"Felizmente temos à frente da Presidência da República uma pessoa muito ponderada e com muita experiência, que teve um papel muito importante de contenção e rigor", disse Cluny, elogiando a actuação de Jorge Sampaio, que hoje de manhã recebeu o Procurador-Geral da República, Souto Moura, a propósito do caso».
In Jornal de Notícias, 13/01/2006.
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«O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público classificou hoje como "um embuste monumental" a notícia do jornal “24 Horas” sobre a existência de registos de chamadas telefónicas de titulares de órgãos de soberania.
"Estamos perante um embuste monumental e é preciso saber com que objectivos esta notícia foi divulgada", disse à Lusa António Cluny, adiantando que "ela poderia ter facilitado a demissão do procurador-geral da República". Escusando-se a afirmar explicitamente que a notícia foi divulgada com esse intuito, o responsável do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) disse, no entanto, que "objectivamente ela poderia contribuir para uma situação dessas, caso os responsáveis políticos do país tivessem embarcado na história". "Felizmente temos à frente da Presidência da República uma pessoa muito ponderada e com muita experiência, que teve um papel muito importante de contenção e rigor", sustentou Cluny, elogiando a actuação de Jorge Sampaio, que esta manhã recebeu o procurador-geral da República, Souto Moura, a propósito do caso. O jornal “24 Horas” publicou hoje em manchete que o Ministério Publico pediu à Portugal Telecom (PT) o registo das chamadas feitas dos telefones fixos das residências de 208 personalidades, entre os quais o Presidente da República e o antigo primeiro-ministro António Guterres, entre Dezembro de 2001 e Maio de 2002, e que teria sido apenso aos autos do processo Casa Pia. "É completamente falso. O Ministério Público não requereu a obtenção daquelas facturas detalhadas nem tinha conhecimento da sua existência", garantiu Cluny, reforçando o comunicado da Procuradoria-Geral da República divulgado ao final da tarde, segundo o qual "não foi em momento algum pedida a facturação detalhada dos telefones instalados nas residências citadas". No comunicado, a Procuradoria esclarece que não existe no processo Casa Pia "qualquer despacho a solicitar à operadora PT o envio desses documentos" e adianta que o envelope nº 9 referido pelo “24 Horas” como contendo os referidos registos tinha apenas "a facturação detalhada de um único telefone fixo, atribuído a um dos indivíduos constituídos arguidos no processo, o Dr. Paulo Pedroso ". Considerando que o caso está completamente esclarecido, o presidente do SMMP adverte, no entanto, que devia haver maior contenção por parte dos responsáveis políticos sobre esta matéria. "É evidente que a notícia era preocupante e que, a ser verdadeira, levantava questões graves, mas os responsáveis políticos têm de ter contenção", considerou».
"Estamos perante um embuste monumental e é preciso saber com que objectivos esta notícia foi divulgada", disse à Lusa António Cluny, adiantando que "ela poderia ter facilitado a demissão do procurador-geral da República". Escusando-se a afirmar explicitamente que a notícia foi divulgada com esse intuito, o responsável do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) disse, no entanto, que "objectivamente ela poderia contribuir para uma situação dessas, caso os responsáveis políticos do país tivessem embarcado na história". "Felizmente temos à frente da Presidência da República uma pessoa muito ponderada e com muita experiência, que teve um papel muito importante de contenção e rigor", sustentou Cluny, elogiando a actuação de Jorge Sampaio, que esta manhã recebeu o procurador-geral da República, Souto Moura, a propósito do caso. O jornal “24 Horas” publicou hoje em manchete que o Ministério Publico pediu à Portugal Telecom (PT) o registo das chamadas feitas dos telefones fixos das residências de 208 personalidades, entre os quais o Presidente da República e o antigo primeiro-ministro António Guterres, entre Dezembro de 2001 e Maio de 2002, e que teria sido apenso aos autos do processo Casa Pia. "É completamente falso. O Ministério Público não requereu a obtenção daquelas facturas detalhadas nem tinha conhecimento da sua existência", garantiu Cluny, reforçando o comunicado da Procuradoria-Geral da República divulgado ao final da tarde, segundo o qual "não foi em momento algum pedida a facturação detalhada dos telefones instalados nas residências citadas". No comunicado, a Procuradoria esclarece que não existe no processo Casa Pia "qualquer despacho a solicitar à operadora PT o envio desses documentos" e adianta que o envelope nº 9 referido pelo “24 Horas” como contendo os referidos registos tinha apenas "a facturação detalhada de um único telefone fixo, atribuído a um dos indivíduos constituídos arguidos no processo, o Dr. Paulo Pedroso ". Considerando que o caso está completamente esclarecido, o presidente do SMMP adverte, no entanto, que devia haver maior contenção por parte dos responsáveis políticos sobre esta matéria. "É evidente que a notícia era preocupante e que, a ser verdadeira, levantava questões graves, mas os responsáveis políticos têm de ter contenção", considerou».
In Público.clix.pt, 13/01/2006.
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