quinta-feira, novembro 15, 2007

Paulo Pedroso nega pressões do PS sobre a Justiça

Paulo Pedroso foi, esta quarta-feira, confrontado em tribunal com alegadas pressões de dirigentes do Partido Socialista (PS) sobre a Justiça.
O ex-ministro, que chegou a estar preso no âmbito do processo Casa Pia, negou quaisquer pressões e ainda acusou o Ministério Público de «parcialidade» e de «erros grosseiros».
No Tribunal de Monsanto, Paulo Pedroso deu o corpo às câmaras de televisão, sem esconder um sorriso, no dia em que foi chamado a testemunhar no processo Casa Pia. Um processo ao abrigo do qual o antigo ministro do Trabalho e da Solidariedade Social esteve preso, foi acusado pelo Ministério Público e acabou ilibado pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
Na sessão desta quarta-feira do julgamento, Paulo Pedroso foi sujeito a um interrogatório cerrado por parte do advogado de Carlos Silvino. José Maria Martins confrontou a testemunha com uma série de escutas de Ferro Rodrigues, António Costa e outros dirigentes do PS com o objectivo declarado de demonstrar que o partido se mobilizou para o defender e para pressionar a magistratura.
Paulo Pedroso negou peremptoriamente ter pressionado quem quer que seja, mas remeteu para os próprios dirigentes socialistas da época explicações sobre as escutas.
O ex-ministro acusou ainda o Procurador João Guerra, que dirigiu o inquérito Casa Pia, de «erros grosseiros» e de «parcialidade». Paulo Pedroso deu como exemplos a interpretação das escutas telefónicas e a interferência do magistrado no trabalho do médico que lhe fez exames no Instituto de Medicina Legal.
In TVI on line.

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